BLOGGER PARA CONSULTA E ACOMPANHAMENTO DOS CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS NAS AULAS DA DISCIPLINA CDPEF (CONHECIMENTOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS EM ENSINO FUNDAMENTAL) COM BASE NO CURRÍCULO MÍNIMO 2013 - SEEDUC, AINDA EM VIGOR.

domingo, 25 de agosto de 2019

3ºBIMESTRE - METACOGNIÇÃO - REFLEXÃO


Como organizar os tempos e espaços escolares para que os alunos tenham realmente, conhecimento, compreensão daquilo que aprendem? Como construirão a autonomia, no processo de ensino e aprendizagem, visto que, são eles os sujeitos de suas aprendizagens?
práticas mecânicas, distanciadas da realidade dos educandos, conteúdos desconectados os levarão a construir essa competência? Como?
Como adquirir autonomia? Que autonomia é essa? Aquela onde o aluno passa o dia inteiro sentado "recebendo" os conhecimentos como uma transferência, memorizando e armazenando dados?

Como esses espaços e tempos podem ser organizados? Como as práticas das escolas podem garantir uma aprendizagem significativa?

O que implica essa mudança?
Metodologias novas? Recursos? Espaços? Reorganização das turmas em novos critérios? Abordagem dos conteúdos? Visão do papel da escola? etc

3ºBIMESTRE - METACOGNIÇÃO


METACOGNIÇÃO
Levar cada aluno a discutir e a pensar sobre como faz as coisas, sobre como aprende. O conceito encontra suas origens na psicologia, em estudos sobre como os sujeitos, em situações como a resolução de problemas, são capazes de monitorar, avaliar e modificar suas estratégias de encontrar as respostas e de descrever esse processo. Para a pedagogia e as escolas, o conceito de metacognição vem tornando-se especialmente útil a partir de análises tanto de alunos que se saem extremamente bem como de alunos com "dificuldades".
Vários pesquisadores chamaram a atenção para o fato de que muitas das dificuldades de alunos decorrem de um bloqueio. Eles não sabem o que fazer quando têm pela frente uma situação didática, como a resolução de uma sequência de problemas. Diante de um desafio um pouco mais difícil, esses alunos dizem a si mesmos coisas como "não sei fazer nada em matemática", e esse "metarraciocínio" bloqueia toda sua atividade intelectual. Já um aluno que apresenta outra postura, mesmo diante de um problema novo, pode pensar coisas como "posso resolver", "posso experimentar essa técnica ou aquela outra", etc. Percebeu-se que, se alunos com "dificuldades" trabalharem junto com professores que os orientem a pensar sobre a situação, os resultados podem ser muito positivos. Assim, com um aluno "fraco" em matemática, a estratégia é começar com a resolução de problemas bem fáceis para o nível da criança. Isso permite iniciar uma construção da "metaideia" de que "eu posso fazer matemática". A partir daí, o professor pode iniciar discussões sobre como o problema foi resolvido. A seguir, deve-se apresentar desafios progressivamente mais difíceis. O professor ajuda a resolvê-los, fazendo perguntas que podem servir como orientação (por exemplo: "O que precisamos encontrar?" "Será que a gente já não viu algo parecido em outro problema?", etc.) Com o tempo, a própria criança começará a se fazer perguntas desse tipo, sem a ajuda do professor. Essa mesma ideia é válida para todas as áreas e todos os tipos de aluno, não apenas para aqueles que têm mais dificuldade.
O conceito de metacognição chama a atenção para vários pontos importantes, entre eles que a dificuldade escolar pode estar mais relacionada a um problema de autoestima e de motivação do que à competência intelectual.
Nos próximos anos, esse conceito deverá se tornar cada vez mais importante para escolas que se preocupam em desenvolver estratégias não apenas para que seus alunos aprendam, mas também aprendam a aprender.
http://www.educacional.com.br/glossariopedagogico/verbete.asp?idPubWiki=9570

3º BIMESTRE - METACOGNIÇÃO















MATERIAL RETIRADO DA INTERNET.

3º BIMESTRE - O QUE É APRENDIZAGEM?

O QUE É APRENDIZAGEM?

Aprendizagem 

Um processo dinâmico e interativo da criança com o mundo que a cerca, garantindo-lhe a apropriação de conhecimentos e estratégias adaptativas a partir de suas iniciativas e interesses e dos estímulos que recebe de seu meio social

TEMPO, ESPAÇO E APRENDIZAGEM1
Cristiane Rozanski Kopp Arantes Agria
Liliamar Hoça
As palavras tempo e espaço são utilizadas cotidianamente no âmbito da escola, porém o que se constitui como abordagem desta pesquisa, não é o uso rotineiro das noções dessas palavras mas, de refletir o significado de tempo e espaço como elementos mediadores do processo de aprendizagem. É preciso observar que há possibilidades de organização e distribuição do tempo e do espaço para efetivar de maneira significativa a aprendizagem dos alunos. Apresenta-se uma experiência de reagrupamentos, cujo objetivo era atender de diferentes maneiras as necessidades acadêmicas dos alunos.  Refletir a questão da temporalidade e da espacialidade na escola é inicialmente fazer uma referência de como a unidade escolar foi edificada em um determinado tempo e espaço social que a configura em termos organizacionais e, até mesmo, existenciais, pois o humano estabelece a condição de tempo. Paralelamente é estar provocando uma análise sobre como os docentes se referem a questão tempo e espaço, a distribuição do “tempo” diante dos conteúdos propostos para os anos iniciais do ensino fundamental e a alocação dos sujeitos frente o processo de aprendizagem em espaços destinados previamente, para determinadas práticas e que, necessariamente, precisam ser revistos e modificados.  Em primeiro lugar, a referência sobre o papel da escola, é que ela se encontra em um constante exercício de interpretação das políticas sociais, gerenciando conflitos de ordem política-social, que se caracterizam através dos tempos. Possibilita a interpretação de normatizações de uma estrutura, que sucessivamente, configuram seu papel na sociedade, através da comunicação de mensagens, seleção e organização dos conteúdos e do tipo de aula a ser ministrada pois, a escola é uma trama de relações materiais que organizam a experiência cotidiana e pessoal do (a) aluno (a) com a mesma força ou mais que as relações de produção podem organizar as do operário na oficina ou as do pequeno produtor no mercado.” (Fernández, Enguita, 1990)
Por outro lado, não é possível desconsiderar que essa mesma estrutura, chamada escola, além de ter um papel configurado pela sociedade, também na distribuição de seus tempos e de seus espaços, caracteriza os discursos que são incorporados nas relações humanas e refletidos na própria sociedade, marcando por exemplo, o que é aprendizagem própria da escola e o que vem da sociedade e que precisará ser reelaborada, através das atividades mediadas, utilizado diversas operações psicológicas do indivíduo, posicionando-se como produtora de relações sociais.


1 Artigo apresentado no Curso de Especialização em Modalidades de Intervenção no Processo de Aprendizagem da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sob orientação do professor Antonio dos Santos Neto.


 “A aprendizagem escolar define um sistema de trabalho particular que regula o uso dos próprios instrumentos mediadores que funcionam como conteúdo ou vínculos do ensino. [...] se aprende e se interioriza o domínio de um instrumento de mediação com sua estrutura intrínseca e com sua modalidade e sistema de uso escola. O sistema escolar implica um sistema discursivo particular (existem numerosas regras próprias do discurso escolar) e uma organização material das atividades também específica, ambos regulando os tempos, espaços, a distribuição de responsabilidades no desenvolvimento das tarefas.
A aprendizagem escolar consiste, portanto, não apenas no domínio dos instrumentos ou sistemas conceituais, de procedimentos de seu uso em abstrato, como também sua recontextualização no cenário escolar [...].”
(BAQUERO,1998,p.83)
Portanto, olhar tempo e espaço escolar como mediadores no processo de aprendizagem e problematizar uma ressignificação, implica em rediscutir práticas e também revela os aportes teóricos pelos quais uma organização escolar se fundamenta. Os sujeitos (históricos e sociais), procuram revelar o que se entende por tempo e espaço. Mas afinal, de que tempo e espaço está se tratando? Discutir tempo e espaço, é pensar em termos de colaboração para o crescimento dos educandos, mediando não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas o desenvolvimento social, ético, moral, biológico, cultural, pessoal, afetivo, viabilizando as diversas potencialidades e os diferentes estilos cognitivos de aprendizagem, reconhecendo-os e valorizando-os.
Busca-se analisar e entender um tempo considerado necessário para a aprendizagem escolar, um tempo ao qual as crianças ao ingressarem na escola, também aprendem o seu significado. Um espaço o qual irão perceber, pensar e agir, dentro de limites, gerados por adultos, que precisam garantir uma estabilidade de ações, algumas cristalizadas por costumes ou hábitos.
Na sociedade ocidental, existe uma construção histórico-filosófica acerca da concepção de tempo e espaço, embasada na busca obstinada do homem pelo chamado tempo objetivo e que naturalmente se remete ao tempo subjetivo. Na relação entre tempo e espaço no cotidiano escolar, há uma dualidade, na qual o tempo ganha muito mais prestígio pois, o espaço pensado durante muitos séculos, como local de aprendizagem efetiva, era a sala de aula. A noção temporal apresenta a dualidade – tempo físico e tempo social. O tempo físico, personificado em Cronos2, representa a marcha constante que modifica as coisas, dita a contagem em segundos, minutos, horas e dias. Essa contagem regula as ações da sociedade e para a instituição escolar traz a exigência de ajustar os alunos ao currículo, designado para um determinado período de tempo cronológico. O então chamado tempo social, que também recebe uma configuração, indicado por Kairós3, representa o tempo vivido, tempo que se estabelece nas ações desenvolvidas pelas pessoas no cotidiano e que podem constituir-se aprendizagens significativas, mas que não se vinculam ao tempo contato em minutos ou horas, pois a vivência de determinadas situações, que possibilitam o desencadeamento de processos cognitivos e emocionais, muito particulares em cada pessoa, e que estão relacionados ao processo de desenvolvimento de ordem biológica e cultural. Portanto, o tempo físico e o tempo vivido não se revertem em uma simultaneidade.

2 Cronos – na genealogia dos Titãs, Crono é o filho mais novo de Urano (o Céu) e Geia (a Terra). Pertencente à primeira geração divina, anterior a Zeus e ao Olimpo. Tomou o trono de seu pai, como o senhor do mundo e desposou a própria irmão Réia. Mas como Urano e Geia, depositários da sabedoria e do conhecimento futuro, lhe tinham predito que seria destronado por um de seus filhos, ele os devorava a medida que iam nascendo. Indignada por estar lhe sendo negada a condição de mãe e poder estar com seus filhos, Réia foge, estando grávida e dá a luz a Zeus, deixando-o aos cuidados dos sacerdotes. Retornando, envolve uma pedra em panos e a entrega para Cronos devorar, que assim o fez. Já crescido Zeus, com ajuda dos sacerdotes e de Métis, uma das filhas do Oceano, leva Crono a tomar uma droga que o forçou a devolver todos os filhos
que havia devorado. Assim com seus irmãos, Zeus declara guerra a Crono. Uma luta que leva dez anos e onde Zeus é o vencedor. Segundo a tradição clássica, Cronos simbolizava o tempo, que
em marcha incessante, destrói todas as coisas por ele mesmo produzidas, considerado como o tempo personificado. (GRIMAL, 1997)
3 Significa o tempo do Dom, hora da graça, da salvação, momento em que o anjo do “Senhor” passa, é o tempo dado como subjetivo, tempo vivido, tempo de desenvolvimento, tempo que gera esperança. (ASSAMAN, 1998, p.213)
O tempo medido é fortalecido pelos ritmos dirigidos das necessidades cotidianas, entre elas está na história escolar, o ensino simultâneo como forma mais moderna de organização do tempo escolar. O ensino simultâneo, centrado na ação do professor e na atenção mútua dos alunos, precisamente a sala de aula, foi concebida como um local onde uns aprendem e outros ensinam.
O documento Ratio Studiorum já apresentava uma complexidade para o tempo e espaço de aprender, e das quais temos muitas heranças, que exige do indivíduo uma determinada organização para que se possa articular na rede de relações estabelecidas para esse espaço, em função da permanência da força do conjunto da produção, em busca da categoria hegemônica. É interessante destacar, que dois instrumentos são colocados como fundamentais na estrutura para mediação que serviram para o controle das atividades cognitivas e de lazer: o calendário e o relógio. Gradativamente as pessoas foram se apoderando desses processos de mediação e sendo aprisionados por eles.
Com a Revolução Industrial, a escola incorpora o papel de ser a responsável em preparar os alunos para as chamadas necessidades sociais, contando com um controle de classes, séries, disciplinas, calendário e relógio. Observando a sociedade da época, vê-se que o tempo se transforma em tempo de produtividade, em ganho de capital, onde o pensamento pedagógico se transfigura em função do sistema social vigente.
A pedagogia estava então, utilizando a “disciplinação” do tempo e do espaço, para que houvesse o maior aproveitamento pela criança dos conteúdos para a vida intelectual. São executadas ações cumulativamente e repetidamente para se garantir a institucionalização do saber escolar. Segundo Sacristán, as ações repetidas com frequência, criam uma longa pauta de conteúdos que são reproduzidos e apreendidos. A institucionalização não é o fruto de uma vontade expressa da pessoa, mas a consequência cumulativa da execução das ações e que cumpre algumas funções básicas como o de oferecer a sabedoria cristalizada nas tradições e normas.
Para se entender como as organizações do tempo e do espaço se constituem alvos de controle, retomamos exemplos do século XVIII, citações de modelos europeus que se fixaram pelo mundo, inclusive nas Américas. É nesse momento que as escolas iniciam um tipo de atividade cooperativa que aliava a disciplina e transferência de conhecimentos, onde o tempo de aprendizagem e as classes eram organizados da seguinte forma:

1.º) horário para as turmas

2.º) turmas separadas pelo saber:
a) dos que não sabem desenhar
b) dos que sabem alguma coisa
c) dos que já estão adiantados.5


4 O Ratio Studiorum se refere à ordem e o método de estudo, elaborado pelos jesuítas no final do século XV. Tratava-se da organização sistemática dos estudos, feitos sob a forma de códigos de leis com a indicação da responsabilidade, do desempenho, da subordinação e do relacionamento dos membros da hierarquia, dos professores e dos alunos. Além de ser também um manual de organização e administração escolar, que regulamentava as classes, horários, programas e disciplinas. Visava evitar inconveniências trazidas pela variedade de opiniões e preferências individuais, uma vez que os jesuítas deveriam trabalhar sempre de maneira uniforme com vistas à universalização de seus resultados
5 cf. Tuma, Magda Madalena Peruzin.p.53


Em outro exemplo do mesmo século, sete níveis de aprendizagem são organizados, tomando por base a leitura, e que caracterizam o tempo disciplinar em suas séries múltiplas:
1.º) os que aprendem a conhecer as letras;
2.º) os que aprendem a soletrar;
3.º) os que aprendem a juntar sílabas;
4.º) os que leem o latim por frase ou de pontuação em pontuação;
5.º) os que começam a ler o francês;
6.º) para os mais capazes;
7.º) para os que leem os manuscritos.
O que se apresenta no exemplo, nada mais é do que o tempo de aprendizagem linear e evolutivo, pautado na aprendizagem da leitura, a qual refletia o domínio das classes.
Para se garantir o domínio, a técnica era o objetivo final do ensino, impondo aos educandos tarefas repetitivas. Muitos permaneciam no mesmo nível, durante um “tempo” considerável, o que logo transformava-se em abandono e, por consequência, estabilização da hegemonia nas classes, “...capacidade final do indivíduo. Recolhe-se a dispersão temporal para lucrar com isso e conserva-se o domínio. O poder se articula diretamente sobre o tempo; realiza o controle dele e garante sua utilização [...] para economizar o tempo da vida, para acumulá-lo de uma maneira útil, e para exercer o poder sobre os homens. ” (Foucaullt, p.145)
O chamado ensino fundamental, apresenta o estigma do controle das séries cronológicas, em que o tempo de uns deve ajustar-se ao dos outros. As concepções de ensino-aprendizagem, que perpassam a caminhada escolar e por consequência indicam o conceito de criança, de ensino, de aprendizagem, de avaliação, de formação docente, trazendo de maneira subjetiva uma abordagem sobre o tempo e a organização do espaço, condizente com as bases teóricas que sustentam-nas. As bases teóricas, que dão suporte ao trabalho pedagógico hoje, passam por um momento de reacomodação. A previsão de acesso à educação para todos, presente nos discursos sócio-políticos, tornam gradativamente visíveis as diferenciações existentes entre os educandos, fazendo com que se busquem novos significados de individualização do ensino. Analisar tempos e espaços é repensar um conjunto de procedimentos quanto a sua organização, as metodologias, os alunos e os professores.
TUMA (1997) 6 apresenta em sua pesquisa algumas considerações de professores, acerca da questão TEMPO. Estabelecido os parâmetros para a entrevista, foi percebida a resistência em relação ao assunto. Segundo análise posterior, da mesma autora, tal reação assemelhava-se a resistência a violência simbólica, trazida por Bourdieu (1997).

“... as coisas têm que ser tudo direitinho, tudo certinha,[...] Porque daí ia virar bagunça, cada um querendo fazer de acordo com o seu tempo [...] Vamos determinar uma regra e você vai ter que entrar. [...] para determinar o tempo. [...] da sociedade. (TUMA, 1997,p. 77)

6 TUMA,Magda Madalena Peruzin, em A Escola e o tempo, retrata no terceiro capítulo, uma pesquisa realizada em uma escola pública de 1ª a 4ª série, do município de Londrina, o tratamento dado ao tempo a partir das entrevistas com professoras, observações e filmagens, reafirmando a questão da reprodução do disciplinamento temporal.


... a sociedade tem essa coisa de ter regras. De ter horário para tudo. Eles têm que entrar no esquema. [...] tem que fazer na hora em
que todo mundo está fazendo a sociedade inteira está organizada de forma a ter regras, ter normas, tem horários, tudo pré-estabelecido.... ( TUMA,1997, p. 78)
... ela (a escola) trabalha bastante com a criança, esperando que amanhã seja uma pessoa, assim preparada para a vida , né? [...] se ela for trabalhar, ela vai ter que, ela vai ter um horário, tempo certo para entrar, para sair do serviço ... [...] se ela vai trabalhar no escritório,
o patrão... [...] ele não vai dar tempo pra ela [...] ela tem que saber controlar o tempo pra ela saber se organizar. ” ( TUMA, 1997, p. 80)


Estas três citações, trazem uma forte referência ao plano disciplinador do tempo e a necessidade do sujeito estar adaptado ao padrão social. A ação pedagógica internalizou a construção do tempo, como uma tarefa administrativa, que se apresenta concreta seguindo o calendário civil e está nos documentos escolares como regimentos, normas internas, fichas de alunos e professores, diários de classe.
Porém, diversos autores, vêm apontando que a noção de tempo deve estar, também, estreitamente relacionada aos processos de aprendizagem. Consequentemente é preciso repensar como disponibilizar tempo para os alunos, para que efetivamente possam ser atendidos em suas necessidades acadêmicas. A ideia de que a pessoa tem o direito de afirmar a sua diferença e ter igualdade de oportunidades, tem impactado as relações sociais e as educacionais, onde se espera que, por parte dos professores, eles possam responder à diversidade e complexidade das situações educativas. Abre-se a discussão de que, para atender as demandas educativas, o tempo e o espaço constituem-se em elementos a serem repensados na organização de propostas pedagógicas. O tempo se transfigurou em diversas maneiras: o tempo de ser, o tempo de ter, o tempo de buscar, o tempo de aprender. Assim também, o espaço acompanha essa transfiguração, pois há o espaço para estudar, para brincar, para apresentar as habilidades, para pensar.
O planejamento, a execução de propostas de trabalho pedagógico e de modalidades de intervenção na aprendizagem, pressupõe como o tempo será aproveitado em sala de aula e em qual espaço as atividades serão realizadas. Questionando-se com um grupo de professores de uma determinada rede de ensino, acerca do significado de tempo e espaço no âmbito escolar, as respostas foram unânimes em caracterizar o tempo como o calendário escolar e o espaço como sendo o espaço físico da unidade escolar. O tempo de aprender é retratado pelo calendário civil, pela consequente divisão dos conteúdos disciplinares, partindo do número de dias letivos, como já está citado. O espaço físico apresenta-se em divisão de salas para cada turma de alunos, ambientes para aulas-extras, secretaria, direção e qualquer outra função para a organização escolar. Isto retrata que mesmo com os esforços de possibilitar a reflexão quanto as propostas pedagógicas que consideram todo o percurso da aprendizagem e tratam de vários aspectos do desenvolvimento, ainda o tempo e o espaço de aprender se encontram enclausurados na lógica de funcionamento da escola, distanciado da lógica de tempo e espaço que está a sua volta.


Fonte de apoio


  ARTIGO

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862017000100008 

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